À Sombra da Palmeira

Blogue do Jornal Escolar Avalie-nos

31.10.08

 
A Moção na nossa Escola:

ABAIXO-ASSINADO COM VISTA À SUSPENSÃO DA APLICAÇÃO DO NOVO MODELO DE
AVALIAÇÃO EM NOME DE UMA AVALIAÇÃO PROMOTORA DO SUCESSO E DA
DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE

EX.MO SR PRIMEIRO MINISTRO

EX.MA SRª MINISTRA DA EDUCAÇÃO

EX.MO SR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Os professores da Escola E. B. 2.3 de Leça da Palmeira, abaixo assinados, declaram o seu
mais veemente protesto e desacordo perante o novo Modelo de Avaliação de Desempenho
introduzido pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008.
Não questionam a avaliação de desempenho como instrumento conducente à valorização
das suas práticas docentes, com resultados positivos nas aprendizagens dos alunos e promotor
do desenvolvimento profissional, pelo que advogam um modelo de avaliação resultante de um
amplo debate nacional entre professores, seus legítimos representantes e a tutela, consistente,
que motive os professores e fomente a qualidade e o prestígio da escola pública. O Modelo de
Avaliação regulamentado pelo Decreto Regulamentar nº. 2/2008 não assegura a justiça, a
imparcialidade e o rigor, nem valoriza, de facto, o desempenho dos docentes.
Os critérios que nortearam o primeiro Concurso de Acesso a Professor Titular geraram uma
divisão artificial e gratuita entre “professores titulares” e “professores”, valorizando apenas a
ocupação de cargos nos últimos 7 anos, independentemente de qualquer avaliação da sua
competência pedagógica, científica ou técnica e certificação da mesma. Assim ficaram de fora
muitos professores com currículos altamente qualificados, com anos de trabalho dedicado ao
serviço da educação e com investimento na sua formação pessoal, gerando nas escolas
injustiças aviltantes, como, por exemplo, os avaliadores possuírem formação científicopedagógica
e académica inferior aos avaliados.
Este Modelo de Avaliação configura, igualmente, uma lógica burocrática desviando os reais
objectivos que devem presidir ao processo de ensino-aprendizagem e criando outras situações
paradoxais como a existência de avaliadores oriundos de grupos disciplinares muito díspares
dos pertencentes aos dos avaliados.
Por outro lado, a sua apressada implementação tem desviado as funções dos professores
para tarefas burocráticas de elaboração e reformulação de documentos legais necessários à
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implementação deste Modelo de Avaliação em detrimento das funções pedagógicas. As escolas
são, neste momento, cenário de professores afogados em burocracia, instabilidade e
insegurança, situação inconciliável com o verdadeiro propósito da docência. Como pode haver
ensino de qualidade e sucesso escolar se os professores investem a maior parte do seu tempo
(que no momento ultrapassa largamente as 35 horas semanais) na elaboração e preenchimento
de um emaranhado de documentos burocráticos nos quais ancora este Modelo de Avaliação?
Não é legítimo que a avaliação de desempenho dos professores e a sua progressão na
carreira se subordine a parâmetros como o sucesso dos alunos, o abandono escolar e avaliação
atribuída aos seus alunos. Desprezam-se variáveis inerentes à realidade social, económica,
cultural e familiar dos alunos que escapam ao controlo e responsabilidade do professor e que
são fortemente condicionadoras do sucesso educativo. A imputação de responsabilidade
individual ao docente pela avaliação dos seus alunos configura uma violação grosseira do
previsto na legislação em vigor quanto à decisão da avaliação final do aluno, a qual é da
competência do Conselho de Turma sob proposta do(s) professor (es) de cada área curricular
disciplinar e não disciplinar.
Os docentes desta Escola rejeitam a penalização do uso de direitos constitucionalmente
protegidos como sejam a maternidade/paternidade, doença, participação em eventos de
reconhecida relevância social ou académica, cumprimento de obrigações legais e nojo, nos
critérios de obtenção de Muito Bom ou de Excelente.
O horário de trabalho dos professores imposto pelo Ministério da Educação é demasiado
escasso para responder às inúmeras tarefas e funções que lhe são atribuídas ou solicitadas.
Dez ou onze tempos de trabalho individual não são suficientes para a planificação de aulas, a
análise das estratégias mais adequadas, a criação de recursos diversificados e inovadores, a
elaboração de recursos para os apoios educativos e para os alunos que exigem um ensino
diferenciado, a preparação de instrumentos de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa, a
correcção dos mesmos, a reflexão sobre os resultados, a reformulação de práticas, … tudo isto
multiplicado por uma média de cem alunos; cinco, seis ou sete turmas; três, quatro ou cinco
níveis. Para além destas funções, há ainda a participação nas reuniões dos órgãos de gestão
intermédia sem esquecer a dinamização/participação em actividades extra-curriculares e de
intervenção na comunidade educativa.
Com que legitimidade impõe o Ministério da Educação aos professores uma avaliação que
lhes vai consumir o tempo e a alma com reuniões, papéis e relatórios, em prejuízo claro da sua
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vida pessoal, familiar e, sobretudo, profissional, porque, quer queiramos quer não, os principais
lesados serão sempre os alunos.
E os avaliadores? Além de professores com todo o apelo que a função exige, além de
avaliados como os seus pares, terão que “fabricar” tempo para pôr de pé uma estrutura
avaliativa megalómana que o Ministério da Educação criou e que ele próprio não é capaz de
sustentar, como se pode ver pela incapacidade de preparar e colocar no terreno inspectores
para avaliação dos Coordenadores. Este Ministério não pode pôr de pé um sistema avaliativo
construído sobre o desrespeito, a anulação e a exploração dos professores.
O regime de quotas impõe uma manipulação dos resultados da avaliação, gerando nas
escolas situações de profunda injustiça e parcialidade, devido aos “acertos” impostos pela
existência de percentagens máximas para atribuição das menções qualitativas de Excelente e
Muito Bom, estipuladas pelo Despacho n.º 20131/2008, e que reflectem claramente o objectivo
economicista que subjaz a este Modelo de Avaliação.
Tendo em conta todas as limitações, arbitrariedades, incoerências e injustiças que enformam
este modelo de avaliação, e, ainda que, no presente ano lectivo, ele se encontre, apenas, em
regime de experimentação, os professores signatários deste documento, por não lhe
reconhecerem qualquer efeito positivo sobre a qualidade da educação e do seu desempenho
profissional, solicitam ao Governo, ao Ministério da Educação e à Assembleia da República a
suspensão de toda e qualquer iniciativa relacionada com a avaliação por ele preconizada.
Solicitam ainda o investimento na criação de um outro modelo de avaliação, respeitador dos
direitos dos professores e das funções docentes, que assegure imparcialidade e rigor, que
fomente efectivamente a qualidade e o prestígio da escola pública e que resulte de um amplo
debate nacional entre os professores, os seus legítimos representantes e a tutela.
Escola E. B. 2.3. de Leça da Palmeira, Outubro de 2008
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28.10.08

 

A ASPEA agradece a divulgação deste evento e a vossa participação.
A Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), vai realizar no Porto, nos dias 30 e 31 de Janeiro de 2009, as XVI Jornadas de Educação Ambiental sob o tema 'Biosfera, espaço de aprendizagem', que reunirá um conjunto de profissionais interessados neste domínio de pesquisa e intervenção, provenientes de Portugal, de Espanha e do Brasil.Destinatários Educadores /Professores de todas as áreas e níveis de ensino; estudantes universitários; técnicos de ambiente e saúde ambiental; técnicos de autarquias e associações de defesa do ambiente; intervenientes em programas de educação; ambiente; cidadania e sustentabilidade e representantes de empresas na área do ambiente
(Acreditação com 0,6 créditos, para Educadores de Infância e Professores dos Ensino Básico e Secundário)
InformaçõesLocal das JornadasCentro de Apoio Social do PortoRua Nove de Abril, 912 4250-345 PORTOTelefone 228 346 640

/enviado pela Encarregada de Educação Mª do Céu Viegas.

27.10.08

 

A investigação conclui que uma má gestão da sala de aula potencia a indisciplina.




1.Providencie um adequado arranjo físico da sala: coloque os materiais ao alcance dos alunos e disponha as mesas de forma que todos os alunos sejam vistos pelo professor.

2.Defina as regras de conduta e explique-as aos alunos no início do ano lectivo. Certifique-se de que todos as compreenderam.

3.Uma vez definidas e explicadas as regras, coloque-as em local bem visível da sala e seja consistente na sua aplicação.

4.Depois de definidas as regras, enuncie comportamentos adequados e comportamentos indesejáveis e mostre por que razão os últimos são inaceitáveis.

4.Aja sempre de forma justa e sem mostrar preferências.

5.Nunca levante a voz nem se exalte. Se se exaltar, os alunos interpretam isso como falta de autoridade e como um convite para que eles também falem alto.

6.Forneça "feedback" frequente e consistente sobre como cumprir as regras.

7.A investigação mostra que ocorrem 30 transições por dia nas salas das escolas básicas e que as transições mal preparadas e mal feitas potenciam a indisciplina. Prepare com cuidado as transições. Por exemplo, dizendo: "são quase horas de intervalo; por favor, acabem a tarefa e arumem os materiais!"

8.Seja firme e consistente quanto à limpeza e arrumação da sala. Uma sala desarrumada e suja potencia a indisciplina. Envolva os alunos na arrumação e limpeza da sala de aula.

9.Use os reforços positivos com moderação e apenas quando tal se justifique.

10.Nunca discuta com um aluno à frente da turma. Quando tiver de o fazer, faça-o sempre em privado, num tom de voz baixo e mostrando serenidade e calma.
Para saber mais, veja este powerpoint. Para aprofundar esta temática, sugiro a leitura do livro de João A. Lopes, Problemas de comportamento, problemas de aprendizagem, problemas de ensinagem (Quarteto Editora).

 
Os deputados na Assembleia e o estado da Educação:


Bloco de Esquerda recomenda ao Governo a suspensão do processo de Avaliação de Desempenho
e a adopção faseada de um novo modelo de Avaliação de Escolas e Docentes, formativo, integrado e participado

(Projecto de Resolução dirigido à Ministra da Educação, a 20 de Outubro de 2008)

A aplicação ao universo de docentes, no corrente ano lectivo, do modelo de Avaliação de Desempenho, enquadrado pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008, veio confirmar as piores suspeitas quanto à sua natureza intrinsecamente complexa, morosa, desadequada e ambígua.
É hoje evidente que a forma não negociada e a incoerência técnica do modelo, afogando as instituições em actividades e rotinas que, não só não são entendidas, como prejudicam o trabalho com os alunos, é responsável pela desestabilização generalizada das escolas portuguesas. É hoje indesmentível que este processo impraticável está a provocar danos profundos no quotidiano das escolas, com graves consequências para a qualidade das práticas de ensino e aprendizagem.
Por outro lado, à complexidade e burocracia do processo imposto pelo Ministério da Educação acresce a não atribuição às escolas e aos docentes de condições efectivas de trabalho para a sua implementação, mormente através da disponibilização de horas para o efeito.
A experiência de 'avaliação teste', realizada pelo Agrupamento de Escolas D. João II, em Santarém, estima que um estabelecimento de ensino com 130 professores requer um total de 1.560 horas por ano para implementar o processo de avaliação vigente. Um número de horas que, como se torna claro, não está totalmente enquadrado nos horários dos professores, agravando assim a já dramática situação da sobrecarga a que estes se encontram, na maior parte dos casos, sujeitos, face à estimativa de cerca de 45 horas semanais efectivamente dedicadas à escola.
Mas os factores de destabilização e estrangulamento das escolas públicas através deste modelo de avaliação multiplicam-se. Há empresas contratadas para a avaliação de professores. Há fichas de avaliação para todos os gostos, consoante as decisões de cada escola e dos seus órgãos dirigentes; fichas de dezenas e dezenas de páginas, atestando a falência técnica deste modelo. Há escolas cujos Presidentes de Conselho Executivo sonegam o acesso às fichas de avaliação. Há casos de critérios ocultos para a atribuição de 'Excelentes' e 'Muito Bons', como o acompanhamento de alunos pelos professores durante a hora de almoço, ou para apoios, que deveriam ser contemplados na componente lectiva. Mas há outros critérios bem visíveis e postos no papel como a obrigatoriedade de o professor ultrapassar em 7% as metas definidas pela escola, quando esta situa o limiar de sucesso em 85% e 90%.
O autoritarismo do Ministério da Educação e a total ausência de regulação do processo de avaliação têm despertado atitudes despóticas e autocráticas, comportamentos fundados em razões subjectivas e discricionárias, instalando-se um clima de medo e perseguição. O Ministério da Educação ignora ou pactua.
O modelo instiga fortemente à complexificação, que se traduz num crescente artificialismo, desviando a avaliação dos mais elementares princípios de equidade, justiça e universalidade, numa afronta acrescida à dignidade dos professores, que abandona precocemente o ensino a um ritmo jamais visto.
Mas todas estas práticas são, afinal, o fruto da raiz de um modelo que se afirmou desvirtuado pela ausência de credibilidade e verdade desde a sua origem.
De facto, o modelo de avaliação de desempenho docente não consegue mascarar as evidências: é um modelo barato e estrangulador da progressão, é mais uma rolha para além do congelamento das carreiras.
A avaliação entre pares, estabelecendo um sistema hierárquico artificial, através da distinção entre professores titulares e professores não titulares, dá lugar a situações inverosímeis que descredibilizam o próprio processo e lhe retiram qualquer legitimidade. O exemplo sublime desta incongruência é o caso de alunos orientados em estágios pedagógicos que se encontram neste momento a proceder à avaliação dos que foram os seus orientadores, formadores e avaliadores.
Um outro aspecto conceptual relevante, que cauciona gravemente a credibilidade do próprio modelo, aponta para a inclusão dos resultados dos alunos no resultado da avaliação de cada docente, enfatizando assim o entendimento – claramente subjacente ao modelo – segundo o qual o sucesso educativo depende exclusivamente do professor. O peso do aproveitamento dos alunos no resultado da avaliação dos professores, que atinge na generalidade dos casos 7% do valor final obtido (podendo atingir os 10%), constitui um perverso convite à distorção de práticas e processos, colocando os professores perante dilemas moralmente inaceitáveis, inspirados numa clara pressão para a obtenção de sucesso educativo a todo o custo.
Consciente dos factores críticos que decorriam do próprio modelo adoptado, bem como da obsessão do governo em proceder à sua acelerada e irresponsável implementação, o próprio Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP), nomeado pelo Ministério da Educação através do Decreto Regulamentar n.º 4/2008, de 5 de Fevereiro, veio recentemente (num relatório datado de Julho de 2008), denunciar o reducionismo decorrente da vinculação excessiva dos resultados dos alunos ao desempenho docente, lembrando que 'a utilização dos resultados escolares e a análise da sua evolução, para efeitos de avaliação de desempenho, não deve desligar-se do contexto particular da turma e dos seus alunos, nem limitar-se, de forma alguma, a uma mera leitura estatística dos resultados', acrescentando que, 'no contexto da complexidade do processo de aprendizagem, não é possível determinar e aferir com rigor até que ponto a acção de determinado docente foi exclusivamente responsável pelos resultados obtidos, conforme a literatura científica consensualmente refere'.
No mesmo relatório (Princípios orientadores sobre a organização do processo de Avaliação do Desempenho Docente), e numa clara concretização das fundadas preocupações quanto à apressada e autocrática implementação do modelo vigente, o CCAP alerta expressamente o Ministério da Educação quanto ao 'risco de a avaliação se constituir num acto irrelevante para o desenvolvimento profissional dos docentes, sem impacto na melhoria das aprendizagens dos alunos, que conviria evitar desde o início', advertindo acrescidamente para o que – neste início de ano lectivo – retrata fielmente a realidade quotidiana das nossas escolas, traduzida no sufoco da 'burocratização excessiva, [na] emergência ou reforço de conflitualidades desnecessárias e [no] desvio das finalidades formativas e reguladoras que um processo de avaliação do desempenho profissional deve conter'.
Um governo socialmente responsável e consciente jamais teria permitido que a obstinada teimosia da actual equipa do Ministério da Educação tornasse necessário demonstrar, pela prática, as incongruências, contradições e irregularidades do modelo em vigor, que carece não só do devido cumprimento da legalidade em muitos dos mecanismos estabelecidos (sobretudo quanto ao cumprimento de normas elementares do Código de Procedimento Administrativo), mas que deveria igualmente revestir-se da necessária credibilidade e relevância, exigidas pelo próprio sistema educativo e pela sociedade portuguesa, tendo em consideração as finalidades a que o mesmo deveria incontornavelmente subordinar-se.
O actual modelo de avaliação de desempenho de professores constitui, de facto, pela sua manifesta falta de credibilidade e pela perturbação profunda em que mergulhou as escolas no corrente ano lectivo, um atentado à qualidade da educação e à dignidade dos agentes educativos, que reclamam justamente a sua imediata suspensão.
Na sequência dos fundamentos e propostas apresentados através do Projecto de Resolução n.º 288/X, de 11 de Março de 2008, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda reafirma uma vez mais, com a razão que o tempo e a realidade vieram dar à proposta então apresentada, a imperiosa necessidade de, uma vez suspenso o actual modelo de avaliação de desempenho, ser estabelecido um plano faseado e participado de implementação de um modelo de avaliação de desempenho de escolas e docentes cuja relevância, coerência, justiça e credibilidade sejam amplamente reconhecidas pela comunidade educativa e pela sociedade em geral.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda recomenda ao Governo:
1. A suspensão imediata do processo de avaliação de desempenho de professores do ensino básico e secundário, de modo a restaurar nas escolas as condições de tranquilidade, necessárias ao normal desenvolvimento dos processos educativos;
2. O desenvolvimento de um modelo assente numa lógica faseada e experimental, como o que se propõe nos pontos seguintes, capaz de articular de modo consistente e coerente o processo de avaliação de escolas com o processo de avaliação de docentes, relevando o cumprimento de alguns princípios fundamentais para a credibilidade dos processos de avaliação, entre os quais:
a) A consagração dos princípios de equidade, justiça e universalidade, inerentes ao sistema público de educação;
b) A articulação entre processos de autoavaliação e avaliação externa, mediada pela caracterização de contextos educativos e pela identificação de recursos necessários à prossecução de metas e objectivos;
c) A desvinculação absoluta dos resultados dos alunos da avaliação individual dos docentes.
3. Em conformidade com os princípios e requisitos enunciados, o modelo faseado de avaliação das escolas deverá prosseguir as seguintes etapas e processos:
a) Aprofundar e acelerar o processo em curso de avaliação externa das escolas, integrando e reforçando questões relativas à caracterização do meio em as mesmas se inserem e a práticas e experiências de avaliação;
b) No âmbito deste processo, propõe-se a divulgação, até ao final do ano lectivo 2008/09, do relatório de avaliação externa, contemplando o maior número possível de escolas, que deverá identificar as boas práticas e aferir o peso das diferentes variáveis no combate ao insucesso e na melhoria da cultura de escola;
c) Até ao final do ano lectivo em curso, as escolas elaboram um plano estratégico de promoção do sucesso educativo e combate ao abandono escolar, partindo dos seus contextos de pertença, levantando os recursos considerados necessários e identificando metodologias, objectivos e metas;
d) Assumindo que o sucesso educativo é, antes de mais, uma missão de equipa, cuja responsabilidade não cabe a cada professor, individualmente considerado, as escolas procedem no ano lectivo de 2009/2010 à sua autoavaliação;
e) A autoavaliação das escolas parte da avaliação do trabalho desenvolvido por cada um dos seus órgãos colegiais (os diferentes conselhos) e obriga à publicitação dos resultados obtidos face às metas e recursos apresentados no início do ano; esta vertente de avaliação será inserida no quadro mais amplo da autoavaliação da escola, do qual cabe relatório, publicitado e debatido, quer no âmbito das estruturas da área pedagógica afim, quer perante a comunidade;
f) Até ao final do ano lectivo de 2009/2010, o Ministério da Educação e todos os parceiros, incluindo as estruturas sindicais, associações profissionais e demais organizações de professores, bem como estruturas representativas das famílias, de profissionais de áreas afins, definem, a partir de um amplo espaço de discussão, o modelo mais eficaz de avaliação individual de docentes, tendo em conta a sua responsabilidade social e pública, bem como a sua permanente inserção em contexto.
4. A definição do modelo de avaliação individual de professores assumirá as críticas e contributos já enunciados, mormente:
a) O desajustamento da periodicidade da avaliação imposta pelo Ministério da Educação e a sua substituição pelo período de cada escalão de progressão;
b) A necessidade de estabelecer as adequadas condições de avaliação, quer para avaliadores quer para avaliados, incluindo o direito à formação gratuita e à redução parcial e ajustada do horário de trabalho;
c) A assunção do docente como sujeito construtor da sua profissionalidade e, em conformidade, como co-decisor, nomeadamente em matérias como a escolha do momento de avaliação e a modalidade de avaliação;
d) A distinção clara entre a avaliação interna e efectuada por pares, que não pode ultrapassar a vertente formativa nem produzir efeitos aceleradores ou penalizadores sobre a carreira, e a sua articulação com a avaliação externa e integrando outros parceiros, devidamente qualificados, que poderá assumir aquelas componentes.

São Bento, 20 de Outubro de 2008

17.10.08

 

SOPINHAS... São boas todos os dias...
/Clica para aprenderes a fazer receitas maravilhosas de sopas e não só...
"...Quando receber o horário do seu filho, sente-se com eles e, juntos, façam o horário das refeições. Não deixe passar mais de 3 a 4 horas entre cada refeição e ajude-o a levar lanches saudáveis e saborosos para a escola. O seu filho vai gostar de ser ouvido nas suas opiniões, embora não seja provável que ponha em prática tudo o que ele sugere, mas é uma óptima maneira de ensinar de pequeno a importância de escolha de alimentos variados e ricos em nutrientes, que ajudam a construir um corpo saudável e com as peças todas no lugar! "


16.10.08

 
Percursos Alternativos da turma 6º 2
- A comemoração dos aniversários turma/professoras. Participação da Área de EVT2 neste projecto, com trabalhos expostos na Biblioteca.




 
Celebração do Dia Europeu das Línguas

No Ano Europeu das Línguas, 2001, o Conselho da Europa decidiu criar o Dia Europeu das Línguas, que se realizará, todos os anos, a 26 de Setembro. O objectivo deste dia é juntar os Europeus na celebração da diversidade línguistica.
Como contributo para o sucesso deste dia as pessoas podem aprender uma nova língua, melhorar os conhecimentos já possuidos, estabelecer relações com pessoas de outros países, organizar mini-cursos de línguas, realizar debates na televisão, rádio e entre amigos. A língua inglesa é importante pois é muito falada em todo o mundo e na Europa, é necessária para certos empregos e as crianças aprendem-na na escola.
Trabalho das alunas Marta nº20 e Rebeca nº25 do 7ºC
/enviado pela Professora Luísa Ferreira



15.10.08

 



TU - ALUNO OU ALUNA DESTA ESCOLA - ÉS TAMBÉM RESPONSÁVEL POR ELA.
IMAGENS COMO ESTA DA FOTO NÃO SÃO BONITAS, NÃO PODEM AGRADAR A NINGUÉM E NO ENTANTO SÃO RECENTES - DE ONTEM- NÃO QUEIRAS SER O IRRESPONSÁVEL QUE COMETE ESTES ACTOS- PENSA NISSO E MANTÉM A TUA ESCOLA UM LUGAR AGRADÁVEL, ONDE ATÉ OS PASSARINHOS GOSTAM DE ESTAR...

14.10.08

 
O Dia Mundial da Alimentação na nossa escola e as informações da Deco





Até 16 de Outubro: dúvidas sobre alimentos saudáveis
Ainda vai a tempo de usufruir dos conselhos dos nossos nutricionistas, até 16 de Outubro, dia Mundial da Alimentação. Basta ligar para o 800 781 783. Esta iniciativa faz parte da campanha por uma alimentação infantil saudável.
No nosso sítio, preparámos um dossiê com tudo o que precisa de saber para reduzir a obesidade infantil: formulário de adesão “Queremos marketing alimentar mais responsável”, vídeo para os mais pequenos e animação que ajuda os pais a ler nos rótulos a informação nutricional.Campanha marketing alimentar responsável
O seu testemunho é essencial para dar força à nossa luta: pretendemos legislação que restrinja o marketing e a publicidade a produtos alimentares para crianças com pouco interesse nutricional.Mais detalhes Combate ao pequeno-almoço
Leite, refrigerante, laranja, cereais, sandes de fiambre e queque lutam para conquistar a preferência das crianças pela manhã. Quem irá vencer? Mais detalhes
Rótulo sem armadilhas
Para escolher um produto saudável, leia a informação nutricional. Avalie a quantidade de gordura, açúcar e sal e lembre-se de que as crianças comem outros alimentos ao longo do dia.Mais detalhes

Com os nossos melhores cumprimentos,
DECO PROTESTE

13.10.08

 
TWITTERRRRR...

Será que a INTERNET nos vai destruir? Causar problemas existenciais? Não estar lá é estar mort0?! É tudo a fingir ou verdadeiro?!!

Professoras de Inglês, mostrem este vídeo aos vossos alunos e preparem-se para responder a estas simples questões


 
Se a minha borracha falasse...

Eu tenho uma borracha especial, mas que não me deixa aprender, é uma tagarela.
Não a posso ter em Matemática porque não se cala com a tabuada. Não posso tê-la em Português, que não se cala com a gramática. Não se cala com o xisto quando estou em Ciências e o cúmulo é quando estou em Formação Cívica, que aí, faz debates sozinha.
Ora um dia, estava e a fazer trabalhos de história, e estava ela em cima de uma caravela não se sabe bem a fazer o quê:
- E todos íamos muito bem ataviados e levávamos bombardas e trompetas e muitas ban...
- Fazes o favor de te calares?! Estou a tentar estudar!
- Não sei porque te chateias, só estou a tentar ajudar.
- Ó pá, eu já passei a Índia há alguns meses!
- Ok, eu vou tentar parar.
- Vai mas é para a banheira velejar e não me chateies.
E lá foi ela a pronunciar os Lusíadas: "As armas e os barões assinalados, que da ocidental praia lusitâna..."
- Cala-te!!! Eu não vou assim tão avançado!
- Ok!!!
É o que eu digo, aquela borracha é uma tagarela crónica.
Pronto, podem pensar que ter uma borracha a falar é muito bom e tal... Mas tem muitos inconvenientes.
Um dia, finalmente falei com ela e disse:
-Por favor mantém-te calada enquanto estou nas aulas e a estudar, se tiver alguma dúvida eu peço-te ajuda, ok borracha de Einstein?
-Está bem.
E então ficámos bons amigos. Quero dizer, com os nossos altos e baixos.

/enviado por João Freitas, aluno nº 12 do 6º 11, para o mail de uma professora de Português e escolhido pela redacção do jornal entre muitos outros (...que nos perdoem A PRIORIDADE...), relativos a leitura e preechimento de papéis sobre papéis e mais papéis que apontam para grelhas, despachos de decretos de outros tantos artigos com ou sem objectivos, individuais ou colectivos que vêm com chancelas ministeriais, departamentais, conselhias e outras proveniências que tais!
O trabalho dos nossos alunos devia ser a nossa grande prioridade, acima de tudo porque é com e sobre esse trabalho que se devia pensar e avaliar a escola com todos os seus intervenientes. Tudo o resto é, e vai ser circunstancial, passageiro, muito efémero...E já agora, João, se a minha borracha falasse, falaria por pouco tempo, ia sucumbir perante tanta coisa que eu a faria apagar...

10.10.08

 

A Field of Red Millet
In a vast expanse of red
a blue flower that some think is weeds.
It is standing so proud
In the midst of the crowd,
It's own beauty is all that it needs.
I would have stopped too!
Posted by JPH at September 25, 2008 7:07 AM


Agora, ficamos à espera dos teus comentários...

/enviado por Emily Thompson- Wordpress Mail


 
THE ULTIMATE “GOOD MORNINGS”

How can I get involved?
Spread the wordContribute to inform as many people as possible about the Day, by publicising it to friends and colleagues, in newsletters, on websites, at meetings and to contacts in the media. Ideas are available at the website below.The experience of the European Year of Languages 2001 shows we can achieve much more in partnership than alone. The Day provides an opportunity to continue to strengthen partnerships developed during the year at local, regional, national and international levels.
Organise eventsPartners in the European Year of Languages organised many thousands of successful events, ranging from talks to activities involving whole towns and cities. A selection of practical ideas applicable to any situation and further information can be found on the Council of Europe website for the Day at www.coe.int/EDL
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The 26th September is the European Day of Languages. Because it is such an important day, we decided to celebrate this day by teaching you how to say “good morning” in some European languages.
In England, everybody knows that good morning is “good morning”.
In France, good morning is “bonjour”.
In Germany, good morning is “Guten morgen”.
In España, which is Spain in Spanish, good morning is “Buenos dias”.
In Portugal, good morning is “bom dia”.
In Nederland, which is Netherland in Dutch, good morning is “dag”.
In Ellada, which is Greece in Greek, good morning is “káli méra”.
In Italia, which is Italy in Italia, good morning is “buon giorno”.
Those were the “good mornings” we wanted to teach you.
Trabalho dos alunos do 8ºA: Martim Cordovil; Hugo Forneira; Rodrigo Nascimento; Bruno e Pedro


/enviado pela professora de Inglês- Cristina Neves


9.10.08

 
Campanha pela

LÍNGUA PORTUGUESA- ADERE JÁ

A NOSSA LÍNGUA É O NOSSO MAIOR PATRIMÓNIO

(não escrevas assim... como vês na imagem!)

 
Pedido de divulgação de texto
...de Daniel Oliveira, no expresso:
Esta semana evite a companhia de professores. Falar com qualquer um deles pode deixá-lo em mau estado. Vivem, nos dias que correm, em depressão colectiva. A sucessão de reformas, contra-reformas e contra-contra-reformas, a destruição do que se foi fazendo de bom - do ensino especial ao ensino artístico -, a incompetência desta equipa ministerial e o linchamento público de uma classe inteira tem os resultados à vista: as aulas recomeçam com professores tão motivados como um vegetariano perante um bife na pedra. Sabem que os espera apenas uma novidade: a avaliação do seu desempenho. E é, ao que parece, tudo o que interessa a toda a gente: a avaliação dos professores, a avaliação dos alunos, a avaliação das escolas, a avaliação do sistema educativo português. Tenho uma coisa um pouco fora do comum para dizer sobre o assunto: a escola serve para ensinar e aprender. Se isto falha, os exames, as avaliações e os'rankings' são irrelevantes. Talvez não fosse má ideia, enquanto se avaliamos professores, dar-lhes tempo para eles fazerem aquilo para que lhes pagamos em vez de os soterrar em burocracia. Enquanto se exigem mais e mais exames, garantir que os miúdos aprendem com algum gosto qualquer coisa entre cada um deles. Enquanto se fazem 'rankings', conseguir que a escola seja um lugar de onde não se quer fugir. E enquanto se culpam os professores pelo atraso cultural do país, perder um segundo a ouvir o que eles têm para dizer. Agora que já os deixámos agarrados ao Xanax, acham que é possível gastar algumas energias a dar-lhes razões para gostarem do que fazem? Se não for por melhor razão,só para desanuviar o ambiente nos edifícios onde os nossos filhos passam uma boa parte do dia.

 
O que é o INDIE JUNIOR ?!

Utilizar o cinema em sala de aula, como instrumento pedagógico de possibilidades múltiplas, é o primeiro objectivo deste trabalho. Divididos por níveis e acompanhados de fichas de exploração, INDIEJÚNIOR – PROGRAMA ESCOLAS, pretende ser um auxiliar para os professores dos ensinos Pré-Escolar, Básico e Secundário

Na edição de 2008 do IndieJúnior, além das habituais sessões de cinema com uma selecção de filmes de várias partes do mundo especialmente programadas para todas as crianças e jovens (dos 3 aos 18 anos), vamos implementar novas e diversificadas iniciativas, visando essencialmente a participação efectiva dos mais novos na dinâmica do festival. Iremos ainda disponibilizar materiais de apoio ao professor para actividades a realizar na sala de aula.Todos os professores e educadores que desejem acompanhar mais de perto as nossas iniciativas devem enviar um mail para indiejunior@indielisboa.com especificando os seus dados (nome, escola, grupo disciplinar e email). Estes dados destinam-se exclusivamente à divulgação das actividades do IndieJúnior.


8.10.08

 
UMA LUTA DIÁRIA
“Um amigo contou-me uma fábula africana que falava de motivação. Dizia que em África, todas as manhãs, as gazelas ao acordar, sabem logo de antemão que têm de correr mais do que os leões se quiserem manter-se vivas ao longo do dia. Igual procedimento tinham os leões. Se não quisessem morrer de fome deveriam correr mais do que as gazelas. Ele explicou-me:- não importa se és gazela ou leão. Quando o sol nasce, deves começar logo a correr, porque parar é morrer…!”
/enviado pelo EE José Alberto Simões

7.10.08

 
SOBRE AS PROVAS DE RECUPERAÇÃO

Relativamente à aplicação do artigo 22º da Lei nº 3/2008, de 18 de Janeiro, transmite-se o conteúdo da Nota Informativa que mereceu despacho concordante de Sua Ex.ª o Secretário de Estado da Educação:
1. A prova de recuperação deve ser encarada como uma medida de responsabilização dos deveres inerentes ao direito à educação e não como uma medida estritamente punitiva, dado que respeita à relação de ausência –independentemente da sua natureza – com a aprendizagem, pois que as medidas disciplinares a tomar, por razãoda natureza das faltas, são as indicadas no nº 1 do artigo acima referido.
2. Enquanto instrumento de avaliação, a prova de recuperação deve ser adequada à situação específica do aluno e à natureza da disciplina ou disciplinas, o que pressupõe o recurso ao(s) instrumento(s) de avaliação considerado(s) apropriado(s) para que o aluno faça a prova da sua recuperação nas matérias e/ou competências desenvolvidas durante a respectiva ausência; isto é, o formato da prova a aplicar decorre da situação específica, podendo ser de natureza oral, prática ou escrita, pelo que a ficha de avaliação ou o teste escrito constituem apenas um de entre vários instrumentos de avaliação passíveis de aplicação.

6.10.08

 
/ A turma do sexto 11 envia beijinhos para todos os seus professores ;))

 
Em síntese, uma Proposta de Avaliação de Desempenho de Professores, mais simples e eficaz- no blogue de Ramiro Marques:

i. Observações de aulas apenas a pedido ou para justificar as menções de Muito Bom e Excelente.
ii. Uma periodicidade de quatro em quatro anos.
iii. Agregação dos itens de classificação de forma a poderem ser construídas fichas de avaliação mais simples.
iv. Revogação da norma que condiciona a classificação dos professores aos resultados dos alunos.
v. Revogação da norma que obriga à elaboração da ficha de objectivos individuais. Não faz qualquer sentido que os professores tenham de elaborar essa ficha porque o actual quadro legal e conceptual da escola vai no sentido da perda de autonomia curricular e pedagógica do professor. Não deve ser o professor, individualmente, a definir os objecticos individuais, mas sim a escola como instituição.
vi. Redução dos itens de classificação com a eliminação dos que se referem, por exemplo, à participação na investigação (claramente desajustada no quadro do actual estatuto dos professores) e ao combate ao insucesso e ao abandono (não é o professor individualmente que deve ser responsabilizado por isso mas sim a escola no seu todo). Ver a este propósito o meu post 'O tempo de trabalho do professor tem de ser respeitado', a publicar hoje às 17 horas. Às 20:00, publico um post de análise crítica à proposta de avaliação de desempenho elaborada pelo grupo de trabalho do SPGL. É assim que os autores da proposta se apresentam. A referida proposta é tão má que me vai exigir uma sequela de posts com o objectivo de a criticar.
Ver também:http://dn.sapo.pt/2008/09/19/sociedade/fenprof_propor_alternativa_para_a_av.html

 
OS BLOGUES NA ORDEM DO DIA:
Já conheces os blogues que são feitos na nossa escola? No PNL, também se divulga a iniciativa de criação de um blogue subordinado a um tema da nossa História. Lê mais sobre este assunto e depois, mãos e cabeça ao trabalho- O Jornal da Escola divulgará os teus trabalhos:

Mais blogs de turmas sobre TICs e Ciências

Vista aérea de Cabul
Os blogs podem ser uma exelente ferramenta pedagógica. Não custam dinheiro, são fáceis de criar e de manter e motivam os alunos para a aprendizagem. O blog TICs5 é um blog dos alunos do 5º ano da escola EB2 Pêro da Covilhã. Abençoados professores que envolvem os alunos na criação destes instrumentos pedagógicos! Apelo aos colegas que me enviem os URL dos blogs de turma para eu os poder divulgar aqui.
Veja, também, o blog Quiquinhos, feito pelos alunos do 2º e 4º anos da escola da Oliveirinha, em Aveiro e repare como o blog pode motivar para a escrita. E repare neste blog (aldeia do futuro), feito por alunos do 1º e 2º anos, e verifique como o blog pode ser um excelente recurso para aprender ciências.

3.10.08

 
Uma carta dirigida aos professores


Caros Colegas Professores,

Todos à manifestação nacional no dia 15 de Novembro contra o modelo de avaliação atomista, complicado e burocrático, imposto pelo Ministério aos professores.
Por uma avaliação simples, holista e produtiva, que não confunda o acto de avaliar com o de formar!
Este modelo de avaliação, imposto pelo Ministério, é perverso e contraprodutivo. O legislador, desconhecendo a realidade e a prática do ensino, assim como o contexto em que se desenrola, decretou medidas que aparentemente são muito justas e racionais mas que, por efeito de composição, levadas a cabo por um conjunto enorme de pessoas, produzem efeitos contrários ao esperado e, por isso, se revelam absurdas quando postas em prática.
Jean-Pierre Dupuy, o maior filósofo francês vivo, inspirado nos trabalhos de Ivan Illich, demonstrou que a contraprodutividade do trabalho resulta, na maior parte das vezes, desta mentalidade tecnocrática, utilitarista e consequencialista, que procura sempre e sempre mais meios para atingir os fins. De tanta preocupação com os meios, o trabalho perde-se nas “técnicas” e nos “instrumentos”, nos “recursos”, na “preparação” e nas “estratégias” e, quanto ao fim propriamente dito, esse fica esquecido ou não é atingido por causa do desperdício de tempo nos meios. Vou dar um exemplo simples dos transportes. Imaginem que toda a população de um determinado território se convence, por efeito mimético, que o automóvel é o meio mais racional, muito mais rápido e confortável para fazer as suas deslocações do que os transportes públicos. Todos, fazendo o mesmo e às mesmas horas, entopem as ruas e estradas e ninguém anda: demora-se muito mais tempo do que andar de bicicleta ou até mesmo a pé. Conclusão: uma decisão aparentemente racional, inteligente e correcta revelou-se absurda e contraprodutiva, perversa.
O mesmo se passará e já se passa com este modelo de avaliação: ele insiste tanto nos “meios” para o ensino, nas “estratégias”, nas “preparações” e “planificações”, nos “recursos” e nas “técnicas” que o fim (o ensino e a aprendizagem) ficará num lugar muito secundário o que, como tem sucedido, se irá provar nas provas internacionais dos nossos estudantes. Os professores vão gastar muito mais tempo do horário normal de trabalho por semana (35 horas) a dizer e a explicar o que vão fazer e, depois, a explicar o que fizeram e como o fizeram do que a ensinar e a ajudar os alunos a prender. Daí resultará uma enorme contraprodutividade que os resultados dos exames não conseguirá disfarçar.
E porque sucede assim? Porque o modelo é extremamente complicado: confunde o acto de avaliar com o acto de formar. Embora toda a avaliação deva ter implicações na formação contínua do professor, avaliar e formar devem ser actos distintos, o que não se verifica. Com este modelo, será legítimo perguntar se o trabalho dos orientadores de estágio foi em vão já que tudo o que se fez antes está posto em causa! Mais, os próprios orientadores serão avaliados/formados pelos seus avaliadores, pondo em causa o trabalho com os seus formandos!!! Há aqui qualquer coisa de muito perverso e absurdo, para já não falar no facto de um licenciado poder avaliar/formar um doutorado!
A avaliação do professor deve incidir apenas sobre 4 factores gerais: a progressão dos seus alunos que se mede pela comparação dos resultados médios entre uma avaliação diagnóstica exaustiva e completa à partida e uma avaliação sumativa aferida à chegada, podendo professor retirar uma ou outra turma cuja motivação para os estudos é abaixo de zero, pela pontualidade/assiduidade como funcionário do Estado, pela sua formação e estudos/publicações no domínio científico e pedagógico, pela participação na vida cultural da escola. O resto é pura perda de tempo e demagogia. Os professores sabem como dar aulas, o que sucede é que muitas vezes não têm os meios humanos (alunos e pais), organizacionais (complicação burocrática e gestão centralizada) e condições materiais para o poder fazer com qualidade. Quantas salas estão equipadas com projecção multimédia?!
Temos que dar um empurrão definitivo a este monstro absurdo mascarado de pedagogia científica!

Zeferino Lopes, Prof. e Dout. em Filosofia na Escola Secundária de Penafiel

em 29 de Setembro de 2008.


2.10.08

 
QUE AVALIAÇÃO PARA ESTE DESEMPENHO?!
/enviado por muitos professores da escola, assim, não correndo o risco de esquecer alguns, não se mencionam nomes:))

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